Com o fim da Corpse Mutilator em meados de 2008, três dos seus membros, mais especificamente Marcelo Cirrose (guitarra), Léo Corpse(vocal) e Mairon(baixo), resolveram empreender em um novo projeto Death Metal. Naquele momento muitas possibilidades foram cogitadas, contudo, a única certeza era que o trio não podia parar. Afinal, a Corpse Mutilator já havia conquistado respeito na cena metal maranhense e as composições, inteiramente pertencentes a este trio, obtiveram críticas positivas junto aos deathbangers locais.
Toda essa atmosfera impulsionava estes jovens músicos a continuar a batalha pelo Death Metal no Maranhão. O problema residia na composição do line-up, pois, não havia naquele momento grandes opções de escolha em São Luis - Ma, especialmente em se tratado de bateristas. Pois, não basta ser simplesmente baterista pra se predispor a tocar Death Metal, era preciso definir alguém com perfil adequado pra compor o grupo, alguém que tivesse predileção por este estilo e tivesse o feeling de Deathbanger. Afinal, Death Metal é indubitavelmente uma música forte, densa, feita por pessoas, pelo menos na maioria das vezes, com um perfil compatível.
Desta forma, após algum tempo cogitando, foi resolvido entre o grupo que o convite seria feito a Anuar Sadat, ex Raiser Death (1989-1990) e Ânsia de Vômito (1993-1996). O convite foi prontamente aceito e assim sendo estava definido o line –up do novo grupo. O passo seguinte se deu com as reuniões para os primeiros ensaios e as sugestões para a definição do nome da nova banda de Death Metal de São Luis.
Dando continuidade aos trabalhos o grupo definiu como nome FLAGRVM, que significa açoite em latim, acatando a sugestão do amigo Ricardo Lauand, um verdadeiro obcecado por história antiga e filologia. Segundo Lauand, o FLAGRVM foi o instrumento de tortura usado pelos soldados do Império Romano para açoitar Cristo antes da crucificação.
A partir de agosto de 2008, com os primeiros ensaios, as primeiras composições foram surgindo e o som da banda foi naturalmente refletindo a influencia sonora das principais referencias de cada membro. Hoje, é lícito afirmar que a FLAGRVM é uma banda de “Death Metal-pavio curto”. As músicas são relativamente curtas, nervosas, explosivas, intensas e versam abertamente e de forma crua sobre o horror, as desgraças e desastres da natureza humana nas mais diversas formas. A música do FLAGRVM é extremamente “pé no chão”, como quem se predispõe a uma leitura sóbria do lado vil, perverso e asqueroso da humanidade. Tudo que houver de pornográfico, escatológico e desprezível pode se tornar versos, que embalados ao som do açoite romano, hão de retratar com fidedignidade as mais sinceras sensações de agonia e horror.
Indubitavelmente a música do FLAGRVM não pode ser recomendada para pessoas que procuram algo docemente festivo ou calorosamente reconfortante, este é definitivamente um som para os que procuram a perplexidade, a tensão, a inquietação, oriunda das características mais absurdamente macabras do ser humano.
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