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segunda-feira, 2 de abril de 2012

AMAPA METAL FEST

ESQUENTA MACAPÁ - METAL OPEN AIR

Primeira noite do ‘’The Dead Shall Rise’’


Jéssica Alves

A primeira noite do Festival The Dead Shall Rise – Metal Fest foi de puro êxtase headbanguer na Sede dos Escoteiros, localizada no bairro do Trem. Com o início por volta das 21h (aproximadamente 1h de atraso, ótimo para os padrões de eventos locais), o evento foi a primeira parte do considerado maior festival de metal do Amapá e deixou os presentes preparados para mais uma rodada de pura devastação sonora.
A banda que iniciou as atividades foi a Mental Caos, enquanto o público ainda chegava, ainda é nova no cenário heavy metal amapaense e está se consolidando através de suas canções. Logo em seguida, a banda Carnyvalle mostrou o seu thrash death metal furioso, que foi um literalmente, esquenta para o restante da noite, com direito a músicas autorais e cover da banda Exodus. Muito bom!


A terceira banda a subir no palco foi a Hidrah, com sua frontwoman musa do metal amapaense, Hanna Paulino. O clima foi quebrado com a entrada do tradicional heavy metal executado, com seus ouvidos apurados, instrumental bem executado e o belo vocal de Hanna. Carisma também é o que não falta para o grupo, que com empolgação, levou clássicos do Angra, Iron Maiden, Hangar e autorais. Brilho especial para o evento.

Próxima banda, Carnal Remains, e seu estilo pornometal (hããããã????), ou seja, um som de heavy mesclado com thrash e core, mas o grande diferencial são letras sobre sadomasoquismo, chicote, correntes, couro e tudo o que a imaginação do compositor permitir. Enfim, não pude acompanhar por completo o show dos caras, mas pelo que vi, curti.

Chegou a vez dos guerreiros da Amatribo chegarem e apresentarem o thrash metal tribal que recentemente foi apresentado aos nossos irmãos headbangers do Pará (no Grito Rock Belém, dia 17 de março). Alterações na ordem do set list, com apresentação de canções inéditas, do EP homônimo e que tradicionalmente são executadas ao vivo foram bem recebidos pelo público, que a cada acorde, respondeu com empolgação seja bengeando ou em roda de pogo.

O vocalista Maksuel Martins, no meio do show, executou um ‘’ladrão’’ de Marabaixo e dedicou a canção que viria a seguir ao vocalista da Anonymous Hate, Victor Figueredo, pela passagem de seu aniversário. . Após, cover do Sepultura, maior influência da banda, foi executado, e o público veio abaixo e para finazliar, ‘’Guerra’’, com direito a muita roda, para a destruição de vez. Um show muito fera e mais um ponsto positivo para a Amatribo.
Após uma pausa para descanso, vamos conferir da banda Antrofetido, de Belém (PA), com o espírito do Death Metal da década de 90, que fez muitas cabeças ensandecidas rodarem sem parar. O trabalho autoral dos caras merece destaque, por receber bastante influência do detah metal, mas ainda assim manterem um estilo próprio.

E por fim, para encerrar a noite com chave de metal, a Warpath sobe ao palco e leva o tradiconal thrash metal, para a alegria especialmente da galera das antigas do metal amapaense, que já acompanhou outras passagens da banda ‘’vizinha’’ por nossas terras. Os caras levam um thrash porrada, mas com muitas influencias de death e Black metal.

Em dez anos, a banda já passou por Macapá, Teresina, São Luiz, Fortaleza, Manaus, entre outras cidades, onde recebem vários convites para shows internacionais, como o do Disaster (Alemanha) no Piauí, além de abrir shows para Torture Squad, Subtera, Violator, Funeratus entre outras, onde o Warpath aproveita para difundir o nome da banda pelo país e pelo mundo. Currículo invejável e um show inesquecível. Que venham mais vezes!!!!

Em resumo, o The Dead Shall Rise, primeira noite, meteu o pé na porta e mostrou a importância da valorização da cena headbanger local, regional e nacional, divulgando o trabalho de muitas bandas e produtores. Preparem-se que mais tarde tem mais.

IV The Dead Shall Rise – Segundo dia






Jéssica Alves
Para quem ainda tinha fôlego, pescoço e disposição física, entre outros fatores, no domingo rolou a segunda rodada do IV The Dead Shall Rise – Metal Fest, e deu continuidade ao evento headbanguer na Sede dos Escoteiros, considerado o maior festival do gênero no Amapá. Dessa vez, o número de presentes foi reduzido, mas esse fator em nada afetou a resposta do público e a qualidade evento.

Para começar, sobe ao palco a banda Obthus, com seu thrash porrada e covers de maiores influências, como Sepultura, Slayer, Venom, entre outros. O que curto dessa banda é isso, apesar de em muitos eventos serem os primeiros a tocar, o que é difícil, a empolgação que eles têm de levar as músicas

clássicas do metal não se altera. Muito bem executadas, com destaque a vocal agressivo de Diego.
Próxima banda, Matinta Pereira, chegou bem agitada, com o grind/death core, com pegadas de hardcore e música regional que conquistou vários fãs. O vocalista apresenta-se de maneira insana, contagiando ao público e o restante da banda. Um verdadeiro e brutal esquenta para o restante da noite.

Os donos da casa, Anonymous Hate, mostraram o porquê essa banda possui o respeito da cena local e o destaque em outros estados, representando (e muito bem) o Amapá. A noite marcou o lançamento oficial do álbum ‘’Red Khmer’’, e o grupo botou o povo

Após uma pausa, é a vez do punk metal (termo utilizado por esta blogueira, apenas por brincadeira) entrar no palco, com a banda Baixo Calão, de Belém (PA). E banda de punk é sinal que uma bela roda bem por aí, então, abram espaço. Velha conhecida da cena undergrond nacional, a banda chegou do modo mais punk se ser, com músicas que são uma porrada na sociedade, seja de maneira sonora, ou por suas letras, sobre inconformismos. E regado a muito palavrão,– para mim a banda que mais faz jus ao nome rs – gritos e guturais. Um banda raivosa, especialmente o vocalista ‘’Porko’’, que fez um belo show e fez a galera agitar muito na roda punk.para bengear muito com o grind/death metal, eu já foi chamado em sites especializados de underground como uma revelação nacional. Além disso, outras canções já conhecidas dos fãs foram levadas, dos trabalhos anteriores como ‘’Caotic World’’ e "Worldead". Uma apresentação fantástica e agressiva, com a resposta imediata do público. E como sempre, Albert Martinez e sua metralhadora em forma de bateria, as guitarr
as violentas de Fabrício Góes e Heliton Coelho, o baixo também metralhado de Romeu Monteiro e o vocal brutal de Victor Figueredo são sinônimos de qualidade e o reconhecimento merecido é o resultado do esforço que esses fzem para produzir seu som. Aplausos e mãos chifradas!!
Mudança na grade das bandas e chegou a vês dos paulistas da NervoChaos, que já possui algumas passagens por Macapá e tem um público consolidado. Admiro o som da banda desde a primeira vez que os vi, em 2011, e estava com uma boa expectativa da apresentação.
E a resposta logo veio.

Com 16 anos de atividades na música extrema, o quarteto pode ser considerado uma das melhores bandas de metal brasileira da atualidade, e também uma das mais importantes, pois sempre apóiam e são ativos na cena, nacional e em outros países, representando nosso Brasil. O show marcou o lançamento do álbum ‘’To The Death’’, e a banda ainda levou outras canções de sua carreira. Empolgados, o quarteto agitou a cada acorde, a cada canção e a cada resposta dos headbangers. Destaco o baixista Felipe Freitas, que possui uma velocidade e marcação impressionante, tocando sem palheta e bengeando sem parar. Virei fã desse cara \m/. E claro, os outros componentes, Guller (vocal e guitarra ), Quinho (guitarra) e Edu Lane (bateria), completaram a devastação com qualidade sonora da NervoChaos, que realizou mais uma apresentação memorável em Macapá.

E para fechar, os paraenses da Disgrace and Terror retornaram a capital amapaense depois de seis anos para mostrar o seu thrash/death metal agressivo e de qualidade. Formada em 2001, os músicos já fizeram várias apresentações no país, abrindo shows e bandasconceituadas no cenário brasileiro como Krisiun, Funeratus, Torture Squad, Nervo Chaos, Andralls, Claustrofobia e Executer, além das bandas estadunidenses Malvolent Creation e Cannibal Corpse.
Essa foi a banda que mais aguardei, pois pela primeira vez os veria a vivo e não me decepcionei. Foi difícil dividir espaço na frente do palco com os demais headbangers que queriam conferir de perto o som da Disgrace. Mesmo passando de 1h30, o sono parecia algo inexistente naquele momento, tanto para a banda quanto para o público. Realmente entendi o porque os carassão tão queridos quando vem a Macapá. Destaque para o fim do show, com a música Além do ótimo som, valorizam a galera que vão curtir o evento.

Alias, não só a Disgrace, mas todas as demais bandas merecem parabéns pela humildade e competência em representar o cenário regional e brasileiro em eventos como esse. Por fim, digo que quem não compareceu ao segundo dia, perdeu e muito, pois ele foi o complemento de um evento que valorizou essencialmente o underground, produzido de maneira independente, com foco no melhor que é feito na música headbanger local, regional e nacional.
Parabéns aos organizadores da Zombie Produções por esse passo de valorização do metal. Que venham mais eventos como o The Dead Shall Rise, que continuem brindando o público amapaense com ótimas opções de banda e contribuindo assim para o fortalecimento da cena, em nível local e nacional.