01 - Intro |
Formado em Ribeirão Preto, em 2003, por Vítor Pucciarelli, Júlio Pucciarelli, Lucas Curtarelli e Manoela Ferreira, posteriormente com a entrada de Carol Miranda e Luis Felipe Emm (que foi substituído por Leandro Moritto), a Darkager faz de seu debut álbum, um bom começo para sua carreira. Tocando um power metal competente com muitas influências de outros gêneros.
O vocal (a cargo de Carol Miranda) é muito peculiar, não é aquele vocal lírico chato, de milhares de bandas com mulheres cantando, é bem "metal", indo de algo limpo até algo com mais "drive", alguns backs com gutural dão um diferencial para as músicas, no entanto, pode ser cansativo as notas mais altas repetidas durante alguns trechos (principalmente na primeira música), nada que estrague a boa performance de Carol.
As guitarras, a cargo de Vitor Pucciarelli e Lucas Curtarelli, são bem técnicas e pesadas, variando entre momentos cadenciados, limpos, ou rápidos, com uma grande variedade de arranjos e riffs. Os solos são muito bem construídos e utilizados dentro da música, como uma parte essencial dela.
A bateria foi muito bem comandada por Julio Pucciarelli (irmão do Vitor), conseguindo demonstrar muita técnica sem ficar repetitivo, com bumbo duplo e pegada, mas o som da batera ficou relativamente abafado, principalmente a caixa, deixando-a um pouco artificial em alguns momentos, algo que poderia ser evitado. Os poucos momentos que o baixo de Manoela Ferreira aparece ela demonstra um bom domínio do instrumento, mas esses momentos não são muitos, a produção do álbum acabou deixando-o muito "atrás" no som em boa parte do álbum, mas em pandemonium o "erro" foi corrigido, o álbum seria melhor se todas as músicas tivessem o baixo neste volume e sonoridade.
O teclado de Leandro Moritto acaba aparecendo em alguns momentos, e aparece muito bem deixando uma ambiência necessária em algumas musicas, com alguns rápidos solos, foi utilizado com bom gosto e não sobrecarregou as músicas.
A produção do álbum, feita por Thiago Bianchi, foi boa se comparada a demo da banda, a timbragem das guitarras e vocal ficaram boas, mas o baixo não teve o devido destaque e a bateria ficou com uma timbragem fraca em algumas músicas. As composições são de competência, com influências de (principalmente) Power Metal e Metal Melódico, mas com trechos de Thrash Metal e algumas partes que lembra o Children of Bodom. A Darkager mostra um Power Metal competente não muito inovador mas nem por isso sem as suas qualidades. "Silence Times Arrival" é um bom álbum trazendo um ar fresco para o saturado Power Metal.
Por: Jailson Silva
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